quarta-feira, 15 de abril de 2009

Suíça: crise global afeta consumo de café

Genebra/Suíça
Depois de alcançar US$ 15,2 bilhões na safra 2007/08, a receita que os países produtores de café obtêm com as exportações vai cair neste ciclo 2008/09 por causa da crise econômica global, informou a Organização Internacional do Café (OIC) em seminário na quarta-feira nas Nações Unidas, em Genebra. Com a crise, apontou a entidade, a taxa anual de crescimento do consumo mundial do produto, que atingiu 2,5%, em média, nos últimos anos, deverá recuar para 1,5% em 2009. Em 2008, foram aproximadamente 128 milhões de sacas de 60 quilos. Essa queda do consumo poderá amenizar o efeito "altista" sobre os preços proporcionados pelos magros estoques globais e pelo fato de o Brasil, maior produtor mundial, ter pela frente uma safra de produção menor, como é normal a cada duas temporadas. No caso brasileiro, a OIC destacou, em todo o caso, que o fator mais importante para a receita oriunda das exportações é a taxa de câmbio. E como ela melhorou de setembro para cá, qualquer futura recuperação dos preços, ainda que restrita pela demanda menor, poderá ser melhor aproveitada do que nos tempos de real mais valorizado. No seminário em Genebra, a entidade apontou a maior prudência das redes varejistas, a consolidação do setor, a diversificação da base de clientes dos agentes econômicos e o encarecimento das operações de hedge como os fatores que mais afetam hoje o mercado global de café. Sobre a demanda, a OIC acredita que poderá haver quedas na Ásia e no Leste Europeu, justamente aonde o consumo mais vinha aumentando. São regiões onde o consumo não está fortemente estabelecido, e a reação dependerá do tamanho do desemprego e da instabilidade econômica provocada pela crise. Na América do Norte, na Europa e no Japão, responsáveis por 56% do consumo mundial, praticamente não há mais expansão e a situação é estável. Na crise atual, a resposta dos consumidores tem sido beber mais em casa do que nos bares e trocar cafés mais caros pelos mais baratos. Nas nações produtoras, que representam 26% do consumo global, a situação é distinta. Em alguns países, o preço do produto caiu em moeda local e a demanda foi até estimulada. Pelos cálculos da OIC, os preços internacionais do café recuaram quase 20% desde agosto do ano passado, e estão em um nível que não compensa investimentos necessários para a produção futura. Apesar do declínio nos preços de petróleo e fertilizantes, a entidade sustenta que os produtores - principalmente de café arábica, de melhor qualidade - continuam a ter dificuldades para cobrir seus custos e, ao mesmo tempo, ter incentivo para investir em novas plantações. A entidade pondera que os atuais níveis de produção são suficientes para atender à demanda no curto prazo, mas não a um aumento de consumo no futuro. Nesse cenário, uma alta dos preços seria inevitável, sobretudo se alguns planos de incentivo ao consumo vingarem. A OIC exemplifica que Índia, Indonésia e México têm uma população total de 1,5 bilhões de pessoas, mas que seu consumo anual de café é de apenas 5 milhões de sacas. Há campanhas em curso com o objetivo de elevar esse consumo para algo entre 7 milhões e 9 milhões de sacas ao ano até 2013. Como se tornou freqüente, o Brasil foi novamente bastante citado pela OIC como parceiro e exemplo na busca de um consumo doméstico mais robusto e de uma economia cafeeira mais estável. Nessa frente, a entidade é firme ao promover o uso de tecnologias que protegem o ambiente. Para preservar a qualidade do café, a OIC também desencoraja o comércio do produto com menos do que o equivalente de 95% do café verde como matéria-prima básica.
Fonte:
Valor Econômico
Sonia da S.Alves

11 comentários:

  1. Banco suíço UBS anuncia corte de 8,7 mil vagas
    Um dos mais atingidos pela crise mundial, banco diz ter sofrido prejuízo de US$ 1,75 bi em 2009.

    O UBS, maior banco da Suíça, anunciou nesta quarta-feira que vai cortar 8,7 mil vagas até o ano que vem, como medida para tentar reduzir despesas.
    "O UBS quer cortar substancialmente os custos em todos os seus departamentos. Um grande corte de vagas é inevitável, infelizmente. O UBS espera reduzir seu quadro de funcionários para cerca de 67,5 mil em 2010", disse o banco em um comunicado. No final de março, a empresa contava com 76,2 mil funcionários.
    Segundo o banco, 2,5 mil das vagas serão extintas na Suíça e as demais nos Estados Unidos e em outros países.
    Ainda nesta quarta-feira, o UBS anunciou ter tido um prejuízo de cerca de 2 bilhões de francos suíços (o equivalente a US$ 1,75 bilhão) nos primeiros três meses de 2009.

    Investigação

    As notícias vêm à tona antes de os milhares de acionistas do UBS se encontrarem para sua reunião anual, em Zurique.
    O UBS foi um dos grandes bancos atingidos pela crise do crédito iniciada nos Estados Unidos e que gerou a atual turbulência financeira mundial. Desde meados de 2007, o banco foi obrigado a cortar 11 mil funcionários.
    A empresa também está sendo investigada por autoridades americanas sob alegações de fraude e evasão de impostos envolvendo cidadãos dos Estados Unidos.
    Em fevereiro, o banco concordou em pagar US$ 780 milhões ao governo dos Estados Unidos como parte de um acordo para tentar resolver o problema dos impostos.
    Diante de tudo isso, segundo a correspondente da BBC em Zurique, Imogen Foulkes, os clientes do UBS estão cada vez menos confiantes no banco, retirando de suas contas um total de cerca de US$ 20 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

    Academica: Vanessa Strada Machado
    Turma: A

    ResponderExcluir
  2. O atendimento personalizado no mundo do comércio
    eletrônico pode aumentar as vendas em 15% ou mais. É a nova fronteira de uma internet mais humanizada, que combina a tecnologia web com as vantagens da comunicação pessoa a pessoa, como mostra esta reportagem.

    Técnicas avançadas de marketing específicas para a web conseguem identificar os potenciais compradores que entram em uma loja
    online, tomando por base seu histórico
    na internet e outros registros e fazendo as combinações que levam a itens associados às escolhas feitas no passado. Mas a parte inferior
    do funil estreita o fluxo, porque a experiência “tamanho único” que o consumidor encontra na maioria dos sites (que, na melhor das hipóteses,
    incluem um chat com algum atendente restrito a um roteiro determinado e com pequenas variações
    para os diferentes tipos de clientes) dificulta a conversão dos visitantes em compradores.
    No entanto, ao distinguir os diletantes dos visitantes interessados e entrar em contato com estes de forma capaz de personalizar a
    experiência e estimulá-los a fazer uma transação, os vendedores do mundo virtual conseguem alargar de maneira significativa a parte estreita do funil.
    Vários sites que vendem produtos oferecem o recurso de chat online, mas o que diferencia a ferramenta da 24/7 Customer é a capacidade
    de contatar somente os visitantes que, sem essa abordagem, provavelmente não comprariam o produto. Para chegar ao estágio em que um visitante é convidado para conversar, é preciso utilizar uma série de filtros desenvolvidos para
    identificar quais usuários tornam-se mais propensos às compras após um bate-papo do que pela oferta de autoatendimento.

    A hora do bate-papo Chegou a hora da conversa.
    Aqui, o objetivo é simples: transformar a arte da venda em ciência.Quando o vendedor da Sears aborda um cliente, precisa usar sua experiência
    para fazer inúmeras avaliações, tomando por base qualquer pista visual e linguística: “O cliente está preocupado com os detalhes
    ou é do tipo que prefere uma abordagem geral?”, “Estou forçando a compra e ele já começa a resistir?”, “O cliente parece perder o interesse; será que chegou a hora de oferecer
    descontos?”É claro que a solução da 24/7 não permite todas as nuanças que um vendedor hábil captaria em uma conversa cara a cara, mas
    consegue fazer análises de milhares de transcrições de bate-papo, por meio de garimpo de texto (text mining) e de dados (data mining), a fim de aperfeiçoar as técnicas que os vendedores de carne e osso usam para fechar uma venda. A avaliação dos textos, por exemplo, pode oferecer dicas sobre como um vendedor deve falar com os consumidores para ter mais
    sucesso. Algumas dessas indicações baseiam-se em pesquisas de neurolinguística, que sustentam que as pessoas podem ser classificadas como auditivas, visuais ou cinestésicas, dependendo da percepção do mundo. Essa classificação, por
    sua vez, pode fornecer dicas sobre as estratégias de comunicação mais eficazes na hora de convencer a fazer uma compra. Assim, um potencial comprador auditivo para e ouve detalhes sobre um produto. Por isso, uma abordagem eficiente de venda poderia ser: “Deixe-me dizer quantos megapixels tem esta
    câmera”. Já os consumidores do tipo visual preferem informações sobre a aparência do produto. Assim, o vendedor diria, por exemplo: “Esta câmera é fabricada em três cores fortes e encaixa perfeitamente no bolso da camisa”. Os cinestésicos, por sua vez, são mais suscetíveis a aspectos que afetam as emoções, como: “Você vai adorar o jeito como esta câmera cabe na mão. É ideal para tirar fotografias das datas importantes da família”.
    A gigante dos softwares Adobe implementou o SalesNext em julho de 2007, com excelentes resultados. Desde então, a empresa registrou
    aumento de 15% na conversão dos consumidores convidados para um bate-papo, conta Dawn Monet, gerente sênior dos call centers da Adobe
    no mundo todo. Ela acrescenta que a satisfação dos consumidores que passam pelo chat é maior que entre os que compram online sem esse recurso
    ou os que fazem pedidos pelo telefone. “O SalesNext realmente permite o ‘momento mágico’, que é estar perto do cliente quando ele
    tem dúvidas, sem necessidade de sair em busca de respostas ou de esperar para ser atendido. Esse é o começo da forma de comunicação com o
    cliente que adotaremos no futuro: combinando o elemento humano com a tecnologia, de maneira nova e muito eficiente”, garante Monet.

    Maior lucro, maior fidelização

    Um programa de vendas que inclua chat bem administrado e movido por regras de avaliação matemáticas pode ampliar os lucros de um
    site e contribuir para a fidelização dos clientes, além de reduzir os retornos caros. A solução, porém, não funciona direito “fora da caixa”. Assim como o sagaz vendedor da Sears,
    que aprende alguma coisa em cada contato com os clientes, o sistema de bate-papo pode ficar “mais esperto” no dia-a-dia. O verdadeiro poder do chat de vendas, se for associado a
    tecnologias de interpretação e de garimpo de texto, está na capacidade de aprender o que funciona e o que não funciona e de aperfeiçoar constantemente o sistema de filtragem e
    de técnicas de venda.


    Paola C. Leichtweis - 2° B

    Fonte: HSM MANAGEMENT

    ResponderExcluir
  3. Lucro da Coca-Cola cai, mas fica dentro das previsões de analistas

    Resultado no 1º trimestre do ano fiscal foi positivo em US$ 1,35 bilhão

    A Coca-Cola divulgou nesta terça-feira (21) que teve um lucro trimestral mais baixo, o que já era previsto por Wall Street devido à fraca economia global, que provocou menores crescimentos nas vendas internacionais.



    A Coca-Cola informou que a lucro foi de US$ 1,35 bilhão, ou US$ 0,58 por ação, no primeiro trimestre finalizado no dia 3 de abril, ante US$ 1,5 bilhão, ou US$ 0,64 centavos por ação, do ano anterior. O resultado ficou dentro da expectativa dos analistas. A receita operacional caiu 2,8%, para US$ 7,17 bilhões.



    Pelo mundo

    A companhia, com a maior parte de sua receita no exterior, informou que o volume das vendas internacionais cresceu 3%, número menor que o crescimento registrado no ano passado, entre 5% e 7%. O volume vendido caiu 2% na América do Norte.



    As vendas internacionais foram impulsionadas pelo aumento de 31% no volume na Índia e o crescimento de 10% na China.


    Academica: Vanessa Strada Machado
    Turma: A

    ResponderExcluir
  4. Nestlé anuncia queda de 2,1% nas vendas no 1º trimestre do ano
    Receita teve leve queda, ficando em US$ 21,5 bilhões.
    Crescimento orgânico da empresa ficou abaixo do espererado
    ________________________________________
    A Nestlé, gigante suíça do setor de alimentos de bebidas, anunciou nesta quarta-feira (22) uma queda de 2,1% nas suas vendas do primeiro trimestre, na comparação com os primeiros três meses do ano anterior.

    No período, a empresa acumulou receita de 25,2 bilhões de francos suíços (US$ 21,5 bilhões), sendo que em igual intervalo de 2008 havia faturado 25,7 bilhões de francos suíços. A piora dos resultados, segundo informações da companhia, resultou de um impacto negativo da alta do franco suíço frente a outras moedas.

    Crescimento orgânico
    O crescimento orgânico (medida que exclui o impacto das alterações cambiais e aquisições) da Nestlé no primeiro trimestre do ano ficou em 3,8%, sendo que o mercado esperava algo em torno de 4%.

    Na Europa, o crescimento orgânico das vendas de alimentos e bebidas no três primeiros meses do ano foi de 0,5%. Já na região das Américas houve uma alta de 7,1%, enquanto na Ásia, Oceania e África, ocorreu um avanço de 5,8%.

    Para todo o ano de 2009, a empresa espera um crescimento orgânico de 5%.

    ResponderExcluir
  5. Caixa amplia para 90 dias prazo no crediário de eletrodomésticos
    Pela regra anterior, primeira parcela de financiamento vencia em 30 dias.
    Medida acompanha redução do IPI e visa estimular demanda, diz banco.
    A Caixa Econômica Federal informou nesta quarta-feira (22) que decidiu ampliar o prazo de pagamento da primeira parcela de seu crediário destinado à compra de eletrodomésticos, de 30 para até 90 dias. Com isso, o consumidor ganhou dois meses a mais de prazo no pagamento.

    A medida, segundo a instituição, acompanha a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da chamada linha branca, que abrange geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos. Nesta terça-feira, a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, já havia informado que o banco estudava "novas formulações" de crédito para os consumidores.

    A elevação do prazo de pagamento, de acordo com a Caixa, visa "incentivar a demanda" por bens de consumo, expandir o volume de concessão de crédito e "antecipar a aquisição de eletrodomésticos pelo varejo, beneficiando, principalmente, a população de menor renda".
    Crediário

    Lançado em novembro de 2008, a modalidade de crediário da Caixa financiou, em sua primeira fase, a compra de 13 mil itens com um volume de empréstimos acima de R$ 12 milhões. O crediário tem foco no financiamento de eletrodomésticos, eletrônico, móveis, TV e vídeo e material de construção.

    Com o produto, a Caixa informou ter entrado no financiamento direto das vendas de varejo, atuando dentro das lojas parceiras e concedendo o crédito no ato da compra.

    Pelas regras do crediário, o valor máximo do financiamento é de R$ 10 mil. As taxas são prefixadas de acordo com o mercado de cada varejista. O pagamento é realizado por meio de boleto ou débito em conta corrente.

    O produto está disponível atualmente em lojas de varejos das Redes Baú Crediário (Grande São Paulo), América Móveis (SC) e Tradição Móveis (PE). A Caixa informou que também já analisa a solicitação de novas parcerias com cerca de 90 novas redes de varejo que, juntas, tornarão disponível o crédito em mais de 2.000 lojas espalhadas em todo o país.

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Petróleo cai abaixo de US$ 50 com perdas das ações de companhias aéreas

    Produto teve redução de preço tanto em Londres quanto em NY.
    Na quarta-feira (29), saem dados sobre estoque do produto nos EUA



    O preço do petróleo voltou a cair nesta terça-feira (28), pelo segundo pregão consecutivo, ainda sob pressão das ameaças da gripe suína. Os agentes temem que a epidemia atrase a recuperação global da economia ou até acentue a retração em alguns setores como o de aviação, que demanda combustíveis.
    Na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York, o barril do produto fechou a US$ 49,92, com desvalorização de US$ 0,22. Em Londres, o barril para junho teve perdas de US$ 0,33, para US$ 49,99.
    As cotações do produto chegaram a ensaiar uma recuperação após o aumento do nível de confiança dos consumidores nos Estados Unidos. O dado, no entanto, não foi suficiente para anular o efeito negativo gerado pelo aumento do nível de alerta para a gripe suína pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considerou que a transmissão do vírus não pode mais ser contida nas fronteiras.
    Nos mercados de ações, os papéis de empresas do setor aéreo voltaram a sofrer, devido à recomendação de autoridades sanitárias nos Estados Unidos de evitar viagens desnecessárias.

    Estoques de petróleo
    Parte da retração dos preços também embute a expectativa dos investidores em relação ao comportamento dos estoques nos Estados Unidos na última semana.
    O relatório do Departamento de Energia será divulgado na quarta-feira (29) e o consenso de mercado aponta para novo aumento das reservas de óleo cru, de mais de 1 milhão de barris

    ResponderExcluir
  8. MULHERES JÁ SÃO 50% DOS E-CONSUMIDORES

    Em 2000, uma pesquisa apontou que 37% das pessoas que compravam pela web no Brasil era mulheres. Paraa época, esse número já era cnsiderado alto, pois a internet ainda era algo consideravelmente novo no país. Hoje, porém, a situação já é diferente e favorável ao público feminino. De acordo com a 18ª edição do web Shoppers, raoi X do e-consumidor brasileiro, pesquisa realizada pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico no fim do ano passado, 50% dos e-consumidores são mulheres, sendo que em determinados períodos alas até ultrapassam o público masculino. Vale investir nelas!

    ...É isso aí mulheres, pelo menos isso prova que somos modernas....


    Letícia Comin
    2º per. B

    ResponderExcluir
  9. O retrato dos novos consumidores brasileiros


    Com 190 milhões de habitantes espalhados no quinto maior território do planeta, o Brasil é saudado em seu hino como um "gigante pela própria natureza". Depois de uma longa e tenebrosa hibernação, parece que o gigante começou a se mexer -- e, quando um país desse tamanho resolve sair do lugar, a repercussão costuma ser mundial. É o que se vê atualmente. Crescimento econômico acima de 4% ao ano, multiplicação de empregos, acesso ao crédito e elevação da renda estão reproduzindo no país um fenômeno típico de sociedades avançadas: a criação de um mercado consumidor de massa, forte e cada vez mais complexo. Milhões de brasileiros têm aproveitado o bom momento da economia para experimentar, pela primeira vez, as delícias do consumo -- e legiões de outros esperam, ansiosos, a sua vez chegar. De acordo com um estudo feito com exclusividade para EXAME pelas consultorias Bain & Company, de estratégia empresarial, e Euromonitor, de pesquisa e inteligência de mercado, o consumo anual no Brasil deve crescer de 780 bilhões de dólares em 2007 para 1 trilhão em 2012. Com esse aumento -- de 220 bilhões de dólares --, o mercado brasileiro será o terceiro entre os que mais contribuirão para o crescimento do consumo no mundo nos próximos cinco anos, um adicional calculado em 3,5 trilhões de dólares. Segundo os especialistas da Bain e da Euromonitor, apenas Estados Unidos e China darão contribuições maiores. "O Brasil passa por um momento raro, com forte crescimento da classe média, e esse movimento deve se intensificar nos próximos anos", diz o americano John Naisbitt, pesquisador de tendências de consumo e autor do livro Megatrends. "É natural que uma população mais madura e com mais renda passe a ter acesso a mais e melhores bens e serviços."

    O lado mais visível da transformação em curso é a recente escalada de uma massa de pessoas para classes superiores de consumo. A maior variação deu-se na faixa intermediária, a chamada classe C, com renda mensal entre 1 062 e 2 017 reais. De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ipsos para a financeira Cetelem, em apenas dois anos, de 2005 a 2007, um contingente de 23,5 milhões de pessoas passou a fazer parte desse estrato. Com esse deslocamento, a classe C tornou-se a maior em número absoluto de pessoas na pirâmide social brasileira, superando os 86 milhões do ano passado. Somada aos 28 milhões que formam as classes A e B, isso significa que já são 114 milhões os brasileiros que podem ser considerados consumidores. Outro estudo, da consultoria Value Partners, estima que, numa hipótese conservadora, o número de consumidores no país aumentará pelo menos 7,5 milhões até 2010. A ascensão de milhões de pessoas à classe C não é um fenômeno que se esgota em si mesmo. Mais pessoas consumindo na base significa que quem produz e vende -- normalmente aqueles que estão no topo da pirâmide social -- também tem mais chance de enriquecer. Essa progressão da renda é o único lado bom de eventos que viraram notícia nos últimos tempos -- como o caos nos aeroportos ou o virtual estrangulamento no trânsito de metrópoles como São Paulo. A frota de veículos no país aumenta 2,5 milhões por ano. E as viagens aéreas deixaram de ser artigo de luxo, premissa que anos atrás levou à criação da Gol e que hoje atrai novos nomes para o país, como a americana JetBlue. "Nos próximos cinco a sete anos o mercado brasileiro vai dobrar de tamanho", afirma David Barioni, presidente da TAM. Se Barioni estiver certo, o número de passageiros nesse período passará de 50 milhões para 100 milhões por ano. Segundo projeções da operadora de telefonia Vivo, até 2012 o número de celulares no país superará 200 milhões. Até lá, em média, cada brasileiro terá seu telefone móvel. Cifras de crescimento dessa magnitude são inimagináveis em mercados maduros, mas fazem parte do dia-a-dia dos negócios em países emergentes mais pujantes, como a China.

    A estabilidade econômica mantida até agora é um dos pilares do atual vigor do mercado brasileiro. Preservá-la é condição para que as coisas continuem assim. O outro pilar, menos perceptível, é a transformação benigna da demografia do país. O Brasil vive hoje uma transição que a grande maioria dos países desenvolvidos já atravessou, resultado de mudanças que começaram a ocorrer seis décadas atrás. Nos anos 50, a população brasileira apresentava elevadas taxas de crescimento, fruto da combinação de uma natalidade alta com a redução da mortalidade infantil. A população crescia à média de 3% ao ano -- taxa que, nas décadas seguintes, caiu até o 1,4% atual. Se o ritmo de crescimento populacional daqueles anos fosse mantido por todo o período, em vez de 190 milhões de habitantes o Brasil contaria hoje com quase 270 milhões -- adicional equivalente a uma Alemanha ou duas Argentinas. Com a tendência de queda da fecundidade, o Brasil deverá alcançar o máximo de 264 milhões de habitantes em 2062 e daí em diante a população entrará em declínio.

    Fonte: Portal Exame

    Paola C. Leichtweis - 2°B

    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  11. Redução da pirataria poderia trazer benefícios tributários


    SÃO PAULO - A redução da pirataria no Brasil poderia trazer benefícios tributários e desenvolvimento econômico, além de gerar empregos diretos e indiretos, segundo divulgou a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software).

    No País, o estado de São Paulo registra os maiores prejuízos com esse tipo de comércio, tendo perdido, em 2007, R$ 898 milhões em função da pirataria de software. De acordo com um estudo da consultoria IDC, se a pirataria do setor fosse reduzida para 50%, a região geraria mais de 19,4 mil empregos diretos e indiretos, a indústria local de Tecnologia teria um acréscimo no faturamento superior a R$ 1,6 bilhão e o Estado teria um aumento de R$ 216 milhões na arrecadação.

    Prejuízos cada vez maiores
    Uma outra pesquisa da consultoria, feita em parceria com a ABES, mostrou que, embora a pirataria tenha diminuído no Brasil pelo segundo ano consecutivo, os prejuízos aumentaram e foram estimados em R$ 1,6 bilhão.

    Para reverter esse quadro, ações de combate à pirataria continuam. No ano passado foram feitas 754 ações em todo o Brasil, que resultaram na apreensão de 1,6 milhão de CDs com programas piratas. Também foram retirados do ar 15,3 mil anúncios que divulgavam produtos ilegais e 360 sites que comercializavam softwares piratas, o que representa um aumento de 48% em relação ao ano anterior.

    No período, as entidades também registraram 8,2 mil contatos, por e-mail e telefone, relacionados a denúncias e solicitação de informações. Com isso, foram enviadas 3,1 mil notificações extrajudiciais às companhias infratoras, um aumento de 9% em relação a 2007.

    "Os resultados obtidos no período refletem o intenso trabalho desenvolvido pelas iniciativas público e privada nos âmbitos repressivo, econômico e educacional. Este último pilar é fundamental, pois acreditamos que somente com a conscientização e o apoio da sociedade será possível acabar com esse crime que assola o País", considera o coordenador do Grupo de Trabalho Antipirataria da ABES, Antônio Eduardo Mendes da Silva.

    Fonte: UOL ECONOMIA

    Ederlo De Bastiani

    ResponderExcluir