sexta-feira, 20 de março de 2009


Possível fusão entre Perdigão e Sadia...será??? (Letícia Comin)

9 comentários:

  1. Pelo jeito o fato ja esta consumado, so falta assinar os papéis e divulgar para a imprensa.

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  2. Após a tentativa frustrada de compra da Perdigão pela Sadia, em 2006, as duas empresas deverão unir forças e criar uma estrutura para administrar a área operacional. Essa união, prevista para ocorrer ainda neste mês, servirá para reduzir custos de ambas num período de crise e de crédito curto.

    Não é compra nem fusão, mas apenas um acordo operacional, segundo fonte ligada a uma das empresas. Procuradas, tanto Sadia quanto Perdigão não deram entrevista.

    A Sadia divulgou nota no início da noite admitindo negociações com "terceiros". Citou ainda "entendimentos recentes" com a Perdigão para "algum tipo de associação", mas ainda sem acordo. Tanto Sadia quanto Perdigão buscam, com a redução de custos, fortalecer o caixa para obter capital de giro. Entre as áreas que devem ter os maiores ganhos de sinergia, estão transporte e logística, com união de entregas ao varejo e de centros de distribuição.

    Esse enxugamento de estrutura pode também implicar corte de pessoal, além de retardar ou suspender projetos. No início do ano, a Sadia anunciou o corte de 350 trabalhadores no setor administrativo.

    Paola C. Leichtweis 2°B

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  3. A tentativa de 2006 pode ter sido armada
    quando a sadia anunciou a compra da perdigao nesse periodo as ações da mesma subiram, e muito, essa ameaça agora de a perdigão comprar a sadia pode ser outro jogo de marketing

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  4. Reportagem tirada do Jornal do Comércio, em 24 de Março de 2009.
    COMPRA DA SADIA PELA PERDIGÃO SÓ DEPENDE DO PREÇO FINAL

    O valor da transição é o único detalhe que impede a compra da Sadia pela Perdigão. Segundo uma fonte de mercado, o negócio só não foi concretizado ainda porque Sadia e Perdigão discutem valores, sendo um com a presença das famílias Furlan e Fontana no processo de tomada de decisões e outro sem a participação delas. Para que as famílias aceitem o negócio e saiam do processo de tomada de decisão da empresa, o preço que tem sido pedido é de R$ 6,00 por ação. Por R$4,00por ação, no entanto, a Sadia seria vendida também á Perdigão, mas as famílias que controlam a empresa ainda fariam parte da administração do grupo.
    Pelo acordo que está sendo desempenhado, o Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social(Bndes) vai liberar os recursos para que a Perdigão faça a compra da Sadia. Tanto para a Perdigão quanto para o Bndes, a saída das famílias do controle da Sadia é uma condição para que o negócio seja fechado, já que a experiência do passado mostrou que os dois grupos na administração de um negócio em conjunto não surtiu os resultados esperados. A liberação, na verdade, seria um aporte do banco de fomento na Perdigão, que, por sua vez, faria a compra da Sadia por meio de troca de ações.
    Por esse motivo, o montante que o Bndes liberaria é um dos assuntos que foi discutido ontem entre o presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernadno Furlan, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participaram da inauguração de uma fábrica da Sadia em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Em seu favor, a Sadia tem a credibilidade construída, presença em importantes mercados e principalmente o interesse de investidores e outras empresas, entre elas a americana Tyson Foods. “A Sadia não tem problemas em arrumar um comprador. Ela quer, agora, encontrar o melhor negócio e, por isso, pede um valor tão alto”, afirmou a fonte.
    Já a Perdigão sonha alto. Ontem, ficou claro o tamanho que a empresa adquiriu após a compra da Eleve, em 2007. O faturamento da perdigão alcançou R$13,2 bilhões ano passado, alta de 69% sobre o período anterior. De acordo com a companhia, o resultado foi proporcionado pelo bom desempenho nos mercados interno e externo que registraram aumento de vendas tanto em volumes quanto em receitas, aliado á consolidação dos negócios adquiridos pela companhia. No período, o lucro bruto somou R$2,8 bilhões, elevação de 47% ante o exercício de 2007. A Sadia divulga os resultados de 2008 nesta sexta-feira, e a expectativa dos analistas é de prejuízo.

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  5. É parece que além do não entendimento entre os valores de compra e venda das ações, existe a questão da família Furlan e Fontana na tomada de decisões, o que não deve ser fácil ter que abrir mão de certas coisas, como por exemplo a empresa que sempre foi da família ter que "aceitar" decisões de outras pessoas.

    Letícia Comin

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  6. Aracruz fecha ano com prejuízo de R$ 4 bilhões
    No quarto trimestre, prejuízo líquido foi de R$ 2,982 bilhões.
    Empresa está se integrando com a Votorantim Celulose e Papel.
    O impacto negativo das perdas com derivativos fizeram com que a maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, Aracruz, informasse nesta sexta-feira (27) prejuízo líquido de R$ 2,982 bilhões no quarto trimestre, ante resultado positivo de R$ 187,3 milhões um ano antes.
    A companhia encerrou 2008 com prejuízo líquido de R$ 4,194 bilhões, contra ganho de R$ 1,044 bilhão em 2007.
    A empresa, que está se integrando com a Votorantim Celulose e Papel, teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), incluindo 50% do resultado da Veracel, de R$ 397,3 milhões nos últimos três meses de 2008.
    A companhia afirma ter eliminado 97% da exposição com derivativos em novembro e fechado acordo com bancos em 19 de janeiro para reestruturação da dívida, em um prazo de nove anos. A Aracruz teve perdas de US$ 2,13 bilhões com operações com derivativos cambiais.
    Também neste mês, a empresa anuciou a demissão de 177 funcionários e o adiamento dos planos de expansão da Veracel, na Bahia, por pelo menos um ano. De acordo com a Aracruz, as medidas foram reflexo da queda na demanda provocada pela crise mundial.
    A dívida líquida da companhia, incluindo Veracel, atingiu R$ 8,683 bilhões em dezembro de 2008, um salto de 292% sobre a dívida de R$ 2,216 bilhões no mesmo período de 2007.
    A receita líquida da empresa alcançou R$ 932,7 milhões nos três últimos meses do ano, com queda de 3% sobre igual intervalo de 2007. As vendas da companhia também recuaram na comparação anual, de R$ 3,647 bilhões em 2007 para R$ 3,466 bilhões em 2008 (queda de 5%).
    As vendas de celulose em volume tiveram queda de 13% no trimestre e de 6% na comparação de todo o ano. Já as vendas de papel tiveram alta de 7% no último trimestre sobre igual período de 2007, mas queda de 3% na comparação anual.
    Fonte: G1 /g1.globo.com/Noticias/Economia em 27/03/2009.

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  7. Além de avaliar a venda da fábrica de Kaliningrado, na Rússia, a Sadia também estuda se desfazer de sua unidade de abate de bovinos, localizada em Várzea Grande (MT), apurou o Valor. Com a venda desses ativos, a empresa, que assumiu perdas com derivativos cambiais em setembro do ano passado, busca se capitalizar e recompor o caixa.

    A decisão de vender os dois ativos mostra que a intenção da Sadia neste momento é deixar negócios em que vem encontrando dificuldades ou que não fazem parte do "core business".
    Na Rússia, por exemplo, a Sadia enfrenta a deterioração do mercado por causa da crise financeira internacional, além de um relacionamento difícil com o sócio local, a Miratorg. A Sadia tem 60% do capital da operação russa e a opção natural seria vender a participação para o sócio da fábrica de processados de carnes (empanados e embutidos). Mas, conforme apurou o Valor, a Sadia chegou a oferecer o ativo na Rússia e também a fábrica de Várzea Grande para a JBS-Friboi. Esta, porém, finaliza a construção de uma fábrica em Moscou em parceria com a italiana Inalca.

    Conforme apurou a reportagem, a avaliação da Sadia é de que é possível atender o mercado russo sem fábrica no país. No caso da operação de carne bovina, que não é o foco da empresa, o segmento vive uma crise agravada pela turbulência financeira internacional.
    A prioridade para a Sadia continua sendo a venda de ativos não operacionais, segundo apurou o Valor, mas a venda de ativos mais velhos e menos eficientes - além da unidade russa e do negócio de bovinos - não está descartada para que a companhia consiga se capitalizar.

    Ao mesmo tempo em que estuda a venda de ativos, a empresa prepara-se para inaugurar na segunda-feira a fábrica de Vitória de Santo Antão (PE), que vai produzir processados de carne. De acordo com fontes no Estado, a Sadia até pensou em desistir do negócio por causa das dificuldades financeiras, mas foi convencida a mantê-lo após conversas com o governo pernambucano, que ajudou a empresa a obter um empréstimo com o Banco do Nordeste.

    Fonte da instituição confirmou que a fábrica pernambucana de fato quase não sai, mas que o governo estadual acelerou um empréstimo-ponte cedido pelo próprio Banco do Nordeste para que ela vingasse. A obra está avaliado em cerca de R$ 300 milhões, e mais de R$ 200 milhões virão por meio de financiamentos. A Sadia também obteve como incentivo para investir no Estado crédito de até 90% de ICMS.
    Ainda assim, o que entra em operação na próxima segunda-feira, em evento que contará com a presença do presidente Lula, é apenas o processamento da mortadela - ou seja, só uma das etapas da fábrica.

    FONTE: AviSite

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  8. ANATEL
    Anatel quer reduzir índices de reclamações
    Atualmente, o Brasil tem mais de 152 milhões de celulares, dos quais 81,59% são pré-pagos e 18,41% são pós-pagos.Com o objetivo de aprimorar os serviços e o planejamento da expansão dos serviços de telefonia celular e reduzir os índices de interrupções e reclamações quanto à qualidade do serviço, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai formar grupos de trabalho para estabelecer ações preventivas que evitem o agravamento dos problemas.

    Após reunião com os presidentes das prestadoras de telefonia celular, realizada nesta última sexta-feira, 17, foi decidido também que a Superintendência de Serviços Privados da Anatel vai identificar os problemas de cada empresa para encontrar uma solução planejada para o Sistema de Telecomunicações Brasileiro.

    Atualmente, o Brasil tem mais de 152 milhões de celulares, dos quais 81,59% são pré-pagos e 18,41% são pós-pagos. O Sistema de Coleta de Informações da Anatel totalizou, em março de 2009, 1.352 interrupções, número 35% maior que em janeiro de 2007. Além disso, foram verificadas mais de 1,7 mil falhas e defeitos com tempo de recuperação superior a 48 horas entre 2007 e 2008.

    JEFERSON KUSMIRCZUCK

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  9. Bancos no Brasil prosperam em plena crise mundial




    Para não terem seu lucro reduzido, querem agora reduzir os juros da caderneta de poupança.

    Dom Cristiano Krapf *

    Adital - Os Bancos que operam no Brasil e outros donos do capital financeiro, nacionais e estrangeiros, conseguiram em poucos anos multiplicar seu dinheiro em dólares, até julho de 2008, pelos juros mais altos do mundo e pela valorização exagerada do Real.

    A crise atual os fez perder uma parte desse lucro, pela desvalorização do Real e das ações. Agora, em plena crise mundial, os bancos lá fora continuam perdendo, mas os "nossos" bancos estão lucrando novos bilhões. Como ninguém pode ganhar sem que tenha alguém pagando, seria importante descobrir quem é o pagador.

    O maior pagador é o povo brasileiro que paga juros absurdos para comprar fiado ou tomar empréstimos para fazer investimentos. O povo paga também através do Governo que gasta dez bilhões de Reais por mês em juros sobre a dívida pública interna, dinheiro que devia servir para investimentos em educação, saúde, estradas, portos, ferrovias.


    O lucro dos bancos está no spread, na diferença entre os juros que pagam pelo dinheiro que conseguem captar no mercado e os juros que cobram para emprestar o mesmo dinheiro a quem precisa.

    A revista VEJA deu uma definição estranha do spread, dizendo assim: "O spread é a diferença entre a taxa básica definida pelo Banco Central (a Selic) e o valor final dos juros cobrados pelos bancos." Não precisa ser doutor em economia para saber que o spread é outra coisa, é a diferença entre os juros que os bancos pagam e os juros que recebem.

    O que mais interessa aos bancos é exatamente o tamanho do spread, que no Brasil é o maior do mundo. Outra coisa que interessa aos bancos é a diferença entre os juros nominais que recebem do Governo generoso e a inflação que corrói uma parte desses juros.

    É por isso que um chefe do Banco Central que privilegia o capital financeiro procura manter a taxa de juros do Copom sempre muito acima da inflação, com o pretexto de não ter outro meio para controlar a inflação.

    Diante das dificuldades atuais aumentou a pressão da sociedade e de setores do Governo para diminuir os juros básicos. Com a diminuição dos mesmos, os bancos querem mexer na outra ponta, para manter o spread elevado. Querem diminuir os juros da caderneta de poupança. Até o presidente Lula falou em diminuir os juros dela. Ainda bem que depois recuou. Agora fala apenas no genérico de mexer na poupança para reservá-la ao povão que não consegue fazer aplicações melhores.

    Os bancos querem comprar dinheiro barato e vender dinheiro caro. O dinheiro da poupança é o dinheiro mais barato que conseguem. É natural que queiram isso, mas o Governo deveria defender os interesses do povo, em vez de privilegiar o capital financeiro.

    O spread entre os 6% de juros que a caderneta oferece aos poupadores populares e os 11,25% de juros que os bancos recebem do Governo pela dívida pública é lucro puro para os bancos, lucro que nem depende da inflação.

    Por outro lado, o Governo interfere com normas complicadas que obrigam os bancos a aplicar dinheiro com juros subsidiados e congelar uma parte em depósitos compulsórios que só servem para manter o dinheiro caro e agravar a falta de dinheiro para investimentos públicos e privados.

    Mesmo assim, setores do governo já imaginam que a redução dos juros sobre a dívida pública possa causar dificuldades para conseguir mais dinheiro para financiar a rolagem da dívida, porque os bancos conseguem fazer outros investimentos com juros ainda maiores, até o absurdo de 100 % e mais por ano.

    De acordo com notícias dos jornais, a taxa media de juros que os bancos cobram está baixando, mas ainda está em 39%, e o spread ainda está em 28% por ano. Ainda assim, os bancos e os investidores que operam no Brasil têm o spread e o lucro mais alto do mundo. Quando os estrangeiros recuperarem sua capacidade de investir e tiverem mais confiança no futuro do Brasil, o dinheiro do mundo inteiro virá correndo para cá, para multiplicar-se às nossas custas, como foi entre 2002 e junho de 2008.

    Uma redução da remuneração da caderneta da poupança seria ruim para os próprios bancos e para toda economia do país. Se os juros da poupança fossem maiores, o povo ficaria mais motivado para poupar, e os bancos teriam mais dinheiro para investir. Guardando mais dinheiro na poupança, o povo teria depois mais dinheiro para comprar à vista, em vez de comprar quase tudo fiado e pagar até o dobro em "suaves" prestações.

    Para enfrentar a crise do crédito caro, não adianta o Governo dizer que os bancos devem reduzir o spread. O Governo não manda nos bancos estatais? Basta que esses reduzam seu próprio spread, que os outros bancos deverão reduzir também, para poder concorrer. Um banco oficial não pode pensar apenas no lucro. Deve colocar o bem comum acima dos interesses dos acionistas.

    Uma das leis elementares da ciência diz que no mundo que conhecemos nada é criado e nada é destruído. Na economia, os governos fabricam dinheiro em notas e os bancos criam dinheiro em letras.

    Além de multiplicar dinheiro pelos juros e fazer ações e derivativos subir com expectativas de valorização futura, os bancos aprenderam a emprestar dinheiro que não têm.

    Não é fácil entender como se pode emprestar dinheiro que não existe, mas os bancos americanos exageraram tanto nessa arte que bastou uma perspectiva menos favorável da conjuntura econômica para fazer desaparecer uma parte dos trilhões em ações e créditos assim criados.

    Os comandantes da nossa economia fizeram de tudo para segurar o valor do Real, mas a desvalorização do Real no fim de 2008 foi importante para evitar um desequilíbrio perigoso das contas externas e uma recessão desastrosa pela falta de competitividade dos nossos produtos no mercado mundial e até no mercado interno.

    O maior "prejuízo" da desvalorização do Real foi a diminuição de milionários brasileiros em dólares, da facilidade de viagens ao exterior e da farra de importação de artigos de luxo.

    Apesar da política recessiva do aperto monetário que favorece apenas o capital financeiro, o Brasil tem tudo para sair mais forte da crise atual. Temos quase tudo que a crescente população mundial vai precisar em quantidades cada vez maiores. Alem de ter as maiores reservas de terra e água para produzir alimentos, biocombustíveis e energia, temos grandes reservas de petróleo e minérios, e possibilidades enormes de aumentar os nossos equipamentos industriais, se houver dinheiro disponível a juros civilizados para investir.

    Itaici, 25 de Abril de 2009



    * Bispo de Jequié, Bahia

    Academico: Jeferson Kusmirczuck

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