quarta-feira, 18 de março de 2009

Obama considera uma "ofensa" o pagamento das bonificações à seguradora AIG

WASHINGTON, EUA, 16 Mar 2009 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou nesta segunda-feira uma ofensa os bônus milionários pagos aos dirigentes da seguradora AIG e prometeu tomar medidas a respeito. Para isso, Obama quer empregar todos os meios legais. A gigante do seguro AIG foi salva da falência pelo Estado com 180 bilhões de dólares de ajuda."Nestas circunstâncias, é difícil entender como os 'traders' da AIG para o mercado de derivados obtiveram prêmios de 165 milhõs de dólares", expressou Obama, referindo-se aos pagamentos efetuados e denunciados durante o final de semana."Como vão justificar esse assalto aos contribuintes que estão mantendo a empresa flutuando?", indagou.Domingo, altos funcionarios do governo disseram que, segundo a lei, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, não poderia fazer muito para impedir os pagamentos das bonificações, porque estas já estavam comprometidas nos contratos de emprego da empresa, antes da crise.Mas Obama destacou o montante da ajuda governamental concedida à AIG afirmando que "pedi ao secretário do Tesouro Timothy Geithner que faça valer sua influência e enverede pelo caminho legal necessário para bloquear essas bonificações".Os bônus denunciados por Obama fazem parte de um pacote maior de benefícios, que prevê um total no valor de 450 milhões de dólares apenas para altos funcionários da seguradora AIG.Perdas em massa numa divisão de Londres obrigou o governo americano a aplicar 150 bilhões de dólares no paralisado American International Group (AIG) e, no dia 2 de março, foi anunciada uma nova injeção de recursos, dessa vez de 30 bilhões de dólares.No domingo, o principal assessor econômico da Casa Branca, Lawrence Summers, classificou de "escandalosa" a conduta da American International Group (AIG), em entrevista ao canal de televisão ABC."Muitas coisas terríveis aconteceram nos últimos 18 meses, mas isto que ocorreu na AIG é o mais escandaloso", disse Summers.Os prejuízos da AIG foram de 99,3 bilhões de dólares em 2008. O presidente da AIG, Edward Liddy, explicou em carta dirigida ao secretário do Tesouro, Timothy Geithner, que os bônus não podem ser cancelados devido ao risco de processos judiciais por quebra de contrato.Liddy, designado pelo governo para administrar a AIG em setembro passado, após o socorro federal, reconheceu que o pagamento é "de mau gosto e difícil de aceitar", mas insistiu na questão legal.Geithner imediatamente escreveu a Liddy para protestar contra isso.Summers reconheceu que há uma questão legal envolvendo o pagamento dos bônus: "Estamos em um país onde prevalece a lei, onde há contratos, e o governo não pode simplesmente anulá-los".Segundo o assessor econômico da Casa Branca, Geithner adotará "todas as ações legais possíveis para limitar estes bônus".As explicações de Liddy não convenceram o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, que também qualificou o pagamento dos bônus de "situação escandalosa".


Letícia Comin - Turma B - 2º

3 comentários:

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  2. Os Americanos além de terem iniciado uma crise que se espalhou no mundo interio, continuam mostrando sem vergonha nenhuma sua ganância exorbitante por "dólares". A seguradora AIG pegou dinheiro emprestado do país para pagar bônus aos seus funcionários!? Muito justa a atitude do novo presidente Barack Obama em vetar essa atitude, afinal o dinheiro foi cedido para conter a crise e não para salvar o bolso de alguns....


    Letícia Comin

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  3. França prevê mais 639 mil desempregados em 2009


    Agência AFP PARIS - A agência francesa que mede o desemprego estimou nesta terça-feira que 639 mil pessoas ficarão sem trabalho na França em 2009 e que serão extintos 591 mil postos. As novas cifras se baseiam na eventualidade de o Produto Interno Bruto (PIB) cair 3% em 2009, segundo a União Nacional Interprofissional para o Emprego na Indústria e no Comércio (Unedic), o organismo que administra os subsídios concedidos ao desemprego. Em fevereiro, a Unedic havia informado que 3,3 milhões de franceses em idade de trabalhar estavam sem emprego. A Unedic coincide com o governo em estimar o fim da recessão na França em 2010, mas considerou que a recuperação seria lenta e que outros 137.000 trabalhadores ficariam sem trabalho.

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